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Raimundo de Souza Britto
Crônica
*Firmino Liborio Leal
Crônica
*Firmino Liborio Leal
Ao relatar aqui alguns feitos da figura ímpar de Raimundo de Souza Britto, me sinto orgulhoso, não só por ele ter sido meu sexto avô, mais sim, pela figura proba, próspera e moderna para os padrões da época. Este cavalheiro andante que outrora percorreu caminhos, e cruzou fronteiras pelas plagas do rincão piauiense.
Raimundo de Souza Britto nasceu no ano de 1780, na fazenda Canabrava, data Bocaina então município de Oeiras, capital da capitania de São José do Piauhy. Era filho de Antônio Borges Leal Marinho e Maria da Conceição Borges Leal (Rosa). Filho único, Raimundo casou-se com sua prima legitima, Narciza Borges Leal Britto. Deste casamento tiveram quatorze filhos, sendo dez homens e quatro mulheres, os homens: Pedro de Souza Britto, Januário de Souza Britto, Joaquim Reinaldo de Souza Britto, José Cipriano de Souza Britto, Francisco Raimundo de Souza Britto, Manoel de Souza Britto, Vicente de Souza Britto, Janjão de Souza Britto. Ezequiel de Souza Britto, Antônio Francisco de Souza Britto, as mulheres: Mariana Leal Britto, Anna Josefa Leal Britto, Josefa Anna Leal Britto e Maria Francisca Leal Britto.
Raimundo de Souza Britto também teve três filhos de outro matrimônio com uma mulher por nome Maria Joaquina da Conceição. Os filhos: Benedito de Souza Britto, (que foi pai do advogado e poeta Pedro de Souza Britto e avô do escritor Antônio Bugyja de Souza Britto) Raimundo de Souza Britto Filho e Antônio de Souza Britto.
Maria Joaquina da Conceição era filha de uma mulher por nome: Simphorosa Maria do Carmo, que atendia pela alcunha de “Mariquinha Simphorosa”. Maria Joaquina da Conceição vivia na então capital da província do Piauí, a poética, histórica e inspiradora Oeiras, situada às margens do riacho da Mocha. Dali e de Bocaina se expandiu a grande família “Souza Britto”, descrita de maneira extraordinária e com excepcional riqueza de detalhes pelo insigne literato, meu parente, Antônio Bugyja de Souza Britto na sua obra de rara beleza publicada em 1977.
Vejamos a dissertação de Bugyja Britto sobre essa figura lendária; filho e sucessor de Borges Marinho. “Raimundo de Souza Britto, foi um percursor do pioneirismo da família na criação de gado, eis que desbravou terras, fundou fazendas, fez benfeitorias agrícolas e a exemplo dos seus antepassados até contribuiu para que viessem de Portugal outros elementos que migraram posteriormente com suas famílias, é desse tempo, ou melhor, dessa migração que vieram os Nunes, os Portela, Gomes Caminha e Fonte. Raymundo continuou a obra pioneiríssima encetada pelos seus ascendentes, deu um aumento substancial na produção de gadaria. Ele centralizou as propriedades na data Bocaina (havia outras datas como: Sussuapara, Arrodeador, Riachão, Curralinho etc.), fundou uma fazenda que, para o tempo, se tornou modelar, basta saber-se que construí, além da casa de residência, galpões, currais e cercados de pedras, paios, armazéns, fez melhorias numa ermida e no cemitério que hoje é a histórica igreja da Bocaina e o cemitério velho. A maior parte das terras passou a fazer parte de Picos, quando se criou este município em 1890, desmembrando-se do município de Oeiras, atualmente em virtude de posteriores divisões municipais, as mesmas terras começaram a fazer parte, além do município de Picos, dos municípios de Bocaina, Santo Antônio de Lisboa, Francisco Santos, São João da Canabrava, São Luiz do Piauí, São José, Dom Expedito Lopes, Ipiranga, Pio IX; etc”.
“Todavia, Raimundo de Souza Britto tem outro título, além de criador progressista, na sua vida sertaneja: é o de patriota extremado, pois contribui denodamente com largos haveres para as lutas da independência. Às suas custas armou homens que eram, na maioria, seus empregados e parentes, forneceu animais de sela e de carga, e ainda armamento que mandou comprar na Bahia, sigilosamente. È certo que ele era amigo e compadre de Manoel de Souza Martins, depois Visconde da Parnaíba e governador da província, e um dos “leaders” da campanha emancipacionista no Piauí, mas nem por isso Raimundo desmerece exaltação pública, mesmo no caso de agir por inspiração de seu chefe, amigo e compadre, o referido Visconde da Parnaíba”.
“Raimundo de Souza Britto, segundo crônica local, veio a possuir nas décadas de 1815 a 1835, um rebanho avaliado em 15 mil cabeças de gado vacum. Ele tornou-se pessoa conhecida e estimada pela sociedade local, dada a sua ação de caráter cívico e ainda, possivelmente, pela sua posição decorrente de um grande patrimônio em bens materiais”.
“No volume 1 da publicação oficial – As juntas governamentais e a independência, que o Conselho Federal de Cultura mandou imprimir em 1973 sob os auspícios do Ministério da Justiça e orientada pelo Arquivo Nacional, vamos encontrá-lo ao lado de outras pessoas gradas, assinando uma ata de caráter importante (a que se refere ao juramento que prestou, em Oeiras, à constituição do Império do Brasil no dia 17 de julho de 1824)”.
Raimundo de Souza Britto nasceu no ano de 1780, na fazenda Canabrava, data Bocaina então município de Oeiras, capital da capitania de São José do Piauhy. Era filho de Antônio Borges Leal Marinho e Maria da Conceição Borges Leal (Rosa). Filho único, Raimundo casou-se com sua prima legitima, Narciza Borges Leal Britto. Deste casamento tiveram quatorze filhos, sendo dez homens e quatro mulheres, os homens: Pedro de Souza Britto, Januário de Souza Britto, Joaquim Reinaldo de Souza Britto, José Cipriano de Souza Britto, Francisco Raimundo de Souza Britto, Manoel de Souza Britto, Vicente de Souza Britto, Janjão de Souza Britto. Ezequiel de Souza Britto, Antônio Francisco de Souza Britto, as mulheres: Mariana Leal Britto, Anna Josefa Leal Britto, Josefa Anna Leal Britto e Maria Francisca Leal Britto.
Raimundo de Souza Britto também teve três filhos de outro matrimônio com uma mulher por nome Maria Joaquina da Conceição. Os filhos: Benedito de Souza Britto, (que foi pai do advogado e poeta Pedro de Souza Britto e avô do escritor Antônio Bugyja de Souza Britto) Raimundo de Souza Britto Filho e Antônio de Souza Britto.
Maria Joaquina da Conceição era filha de uma mulher por nome: Simphorosa Maria do Carmo, que atendia pela alcunha de “Mariquinha Simphorosa”. Maria Joaquina da Conceição vivia na então capital da província do Piauí, a poética, histórica e inspiradora Oeiras, situada às margens do riacho da Mocha. Dali e de Bocaina se expandiu a grande família “Souza Britto”, descrita de maneira extraordinária e com excepcional riqueza de detalhes pelo insigne literato, meu parente, Antônio Bugyja de Souza Britto na sua obra de rara beleza publicada em 1977.
Vejamos a dissertação de Bugyja Britto sobre essa figura lendária; filho e sucessor de Borges Marinho. “Raimundo de Souza Britto, foi um percursor do pioneirismo da família na criação de gado, eis que desbravou terras, fundou fazendas, fez benfeitorias agrícolas e a exemplo dos seus antepassados até contribuiu para que viessem de Portugal outros elementos que migraram posteriormente com suas famílias, é desse tempo, ou melhor, dessa migração que vieram os Nunes, os Portela, Gomes Caminha e Fonte. Raymundo continuou a obra pioneiríssima encetada pelos seus ascendentes, deu um aumento substancial na produção de gadaria. Ele centralizou as propriedades na data Bocaina (havia outras datas como: Sussuapara, Arrodeador, Riachão, Curralinho etc.), fundou uma fazenda que, para o tempo, se tornou modelar, basta saber-se que construí, além da casa de residência, galpões, currais e cercados de pedras, paios, armazéns, fez melhorias numa ermida e no cemitério que hoje é a histórica igreja da Bocaina e o cemitério velho. A maior parte das terras passou a fazer parte de Picos, quando se criou este município em 1890, desmembrando-se do município de Oeiras, atualmente em virtude de posteriores divisões municipais, as mesmas terras começaram a fazer parte, além do município de Picos, dos municípios de Bocaina, Santo Antônio de Lisboa, Francisco Santos, São João da Canabrava, São Luiz do Piauí, São José, Dom Expedito Lopes, Ipiranga, Pio IX; etc”.
“Todavia, Raimundo de Souza Britto tem outro título, além de criador progressista, na sua vida sertaneja: é o de patriota extremado, pois contribui denodamente com largos haveres para as lutas da independência. Às suas custas armou homens que eram, na maioria, seus empregados e parentes, forneceu animais de sela e de carga, e ainda armamento que mandou comprar na Bahia, sigilosamente. È certo que ele era amigo e compadre de Manoel de Souza Martins, depois Visconde da Parnaíba e governador da província, e um dos “leaders” da campanha emancipacionista no Piauí, mas nem por isso Raimundo desmerece exaltação pública, mesmo no caso de agir por inspiração de seu chefe, amigo e compadre, o referido Visconde da Parnaíba”.
“Raimundo de Souza Britto, segundo crônica local, veio a possuir nas décadas de 1815 a 1835, um rebanho avaliado em 15 mil cabeças de gado vacum. Ele tornou-se pessoa conhecida e estimada pela sociedade local, dada a sua ação de caráter cívico e ainda, possivelmente, pela sua posição decorrente de um grande patrimônio em bens materiais”.
“No volume 1 da publicação oficial – As juntas governamentais e a independência, que o Conselho Federal de Cultura mandou imprimir em 1973 sob os auspícios do Ministério da Justiça e orientada pelo Arquivo Nacional, vamos encontrá-lo ao lado de outras pessoas gradas, assinando uma ata de caráter importante (a que se refere ao juramento que prestou, em Oeiras, à constituição do Império do Brasil no dia 17 de julho de 1824)”.
Raimundo de Souza Britto faleceu em 1842, tinha 62 anos de idade. Deixou uma grande descendência de 17 rebentos vivos.
O insigne literato Antônio Bugyja de Souza Britto em seu livro “Narrativas Autobiográficas” afirma que Raimundo de Souza Britto, seria filho de Gonçalo Borges Leal Marinho e Antônia Maria de Souza. É difícil combater o empirismo de um seleto grupo de historiadores autodidatas da Bocaina, que afirmam que Raimundo de Souza Britto é filho de Antônio Borges Leal Marinho fundador da Bocaina e Maria da Conceição Borges Leal. É mister relatar que dentro de um raciocínio lógico, razoável e possível, Raimundo seja filho de Antônio Borges Leal Marinho e Maria da Conceição Borges Leal, pois a fazenda Canabrava onde ele nasceu dista 6 léguas de onde Gonçalo e Antônia moravam, ou seja, outra fazenda da família, “Curralinho” hoje sede do município de Picos, e a fazenda Canabrava pertencia a data Bocaina, administrada por Antônio Borges Leal Marinho, eis aí mais um fato merecedor de nossa observação. O próprio Bugyja Britto no seu livro descreve: “Naquele tempo, não havia, no Brasil Colônia, registro civil, nem mesmo na monarquia, os registros das pessoas eram feitos apenas pela igreja católica em livro próprio (batistério), pois a igreja era vinculada ao estado português. Somente com o advento do decreto n º 181 de 24 de janeiro de 1890, portanto já no Brasil república, é que veio existir o registro civil, posteriormente confirmado pelo código civil vigente desde 1º de janeiro de 1917”.Questões à parte acho que estes fatos não denigrem e nem depreciam a essência da saga dos acontecimentos narrados. A propósito; quando escrevi esse arremedo de crônica, em 10 de janeiro de 2004, o descendente mais próximo de Borges Marinho que ainda vivia, era o senhor Urbano Leal de Souza Britto, figura centenária, historiador autodidata, residia na Fazenda “Malhada, município de Bocaina-Pi. Urbano faleceu em novembro de 2006.
Crônica publicada no Jornal de Picos,
Jornal Folha de Picos e no livro Antologia Upeana. Obra publicada pela União Picoense de Escritores em fevereiro de 2005.
Gostei muito da história de Raimundo de Sousa Brito conheço os britos eu nascí em bocaina e vim
ResponderExcluirpara Brasilia em 1974 meu nome josé Oliveira Neto e neto de José Antonio de Oliveira
jnetopm@hotmail.com
ResponderExcluirBoa noite, achei sua página interessante. Eu também sou descendente de Borges Marinho.
ResponderExcluirMinha avó materna é de Oeiras no Piauí.
Sou neto de Jovita Borges Leal.
Meu nome é Roberto Borges.
rborgesdiniz@yahoo.com.br
Sds...
Muito bom este artigo. Nasci em Bocaina, sou da família Cipriano (uma sub-família que descende de José Cipriano de Souza Britto) assim como todos os meus parentes paternos. Moro hoje em São Luís-MA.
ResponderExcluirConferir minha árvoe genealógica:
http://www.myheritage.com.br/site-family-tree-44282381/cipriano-da-silva
Muito interessante!
ResponderExcluirSou bisneto de José Cipriano
Quero deixar um questionamento: Antônio Borges Marinho chegou na região conhecida, hoje, como Bocaina, em 1752, já adulto. Raymundo de Sousa Brito nasceria somente quase 30 anos Depois ( 1780)? Tendo em vista que naquela época a idade média do sertanejo era 50anos.
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